segunda-feira, 15 de junho de 2009

Amor sem limites

Torcer, vibrar, chorar, sorrir, se emocionar. Esses são ingredientes que comprovam o fanatismo de torcedores por seus clubes. Porém, alguns deles consideram essa paixão como verdadeira razão de suas vidas e fazem o inimaginável pelo time de coração.
Com alguns torcedores do Vitória esse sentimento não é diferente e um exemplo deles é o estudante de administração Maurício Menezes, de 23 anos. Torcedor fanático do Rubro-Negro, Maurício viajou escondido, no ano de 2006, até a cidade de Barueri, em São Paulo, para assistir ao jogo do Leão contra o time local que garantiu a volta do Vitória à série B do Campeonato Brasileiro de 2007. “Falei para minha mãe que ia passar o final de semana na casa de praia de um amigo da faculdade. Por esse motivo, tive que sair de casa com pouca roupa e apenas com o dinheiro do ingresso, pois já tinha gastado tudo com as passagens”, afirma.
Porém, mesmo tendo corrido riscos, o jovem não se arrepende da atitude que tomou para demonstrar todo seu amor pelo clube do coração. “Faria tudo de novo. Eu me arrependeria é se não tivesse ido, pois perderia a linda vitória do meu Leão, que garantiu naquele momento o início de sua volta à elite do futebol brasileiro, que veio se concretizar em 2007. Hoje posso dizer que fiz parte desta história”, destaca.
Assim como Maurício, o engenheiro químico Carlos Sampaio, 38 anos, também já cometeu uma loucura pelo Rubro-Negro. A maior prova do seu amor pelo clube foi o nome dado a sua primeira filha, a pequena Vitória, que hoje tem seis anos. “Foi um trabalho difícil convencer a minha esposa, que queria outro nome. Mas, eu não poderia deixar de homenagear o time que eu amo e que torço desde meus cinco anos”, diz.
Mesmo com todo esse fanatismo, a história de amor entre Carlos e o Vitória tem muitos capítulos a serem exibidos. O novo objetivo do engenheiro é fazer com que a pequena Vitorinha também ame o clube que deu origem ao seu nome. “Sou sócio-torcedor do Vitória e já inclui minha filha como dependente. Ela já tem até a carteirinha dela com a foto ao lado do nosso escudo”, finaliza.
Para a psicóloga Márcia Araújo, casos de fanatismos como esses devem ser controlados para não causarem sérios problemas psicológicos ao torcedor. “Torcer pelo seu clube de futebol não tem problema algum. Porém, casos de fanatismo podem influenciar da auto-estima ao comportamento das pessoas, o que pode resultar em confrontos físicos que mancham a imagem do esporte e traumatizam torcedores que vêem o futebol como sua principal diversão”, ratifica.

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